quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Open Taste estreia delivery e oferece cursos com chefs refugiados. A cada dia da semana, é oferecido o cardápio de um país diferente, do Congo à Colômbia. Pratos custam de 16 a 35 reais.

 

  

Delivery de culinária sem fronteiras. A Open Taste, empresa social que promove e capacita refugiados por meio da gastronomia, lança serviço de delivery e de cursos on line à comunidade. O delivery atende a toda a região da capital de São Paulo e tem a opção para retirada na cozinha da Open Taste, no Sumaré, zona oeste da cidade. A cada dia, um chef diferente oferece entradas, pratos, sobremesas e bebidas típicas de seu país, num giro semanal por três continentes. Com a proposta de ser bom, bonito e barato, o menu traz pratos principais que custam entre 16 e 35 reais.

 



Da Armênia à Síria, menu multicultural do Open Taste traz pratos entre 16 e 35 reais.  Projeto promove e capacita refugiados por meio da gastronomia. Crédito das fotos: Divulgação.

 

Às segundas, o menu é do México com o chef Jesus Pasillas; às terças, da Síria, com a chef Salsabil Matouk; às quartas, do Congo, com a chef Evodie Kanyeba; quinta é dia de cozinha armênia, com Ruzzane Sargasyan; às sextas, comida da Venezuela, com Lester Silva. Aos sábados, é a vez da culinária colombiana preparada pelo chef Edgard Andres Valencia. Na viagem pelo México, para começar, os Totopos com Guacamole (tortilhas de milho artesanal tipo nachos feitos à mão com guacamole, R$ 17,90). Como principais, tacos artesanais, de diferentes recheios como carne e frango, a partir de R$ 26. O menu sírio traz pastas, salada fatoush, lanches típicos e o tradicional prato Uzzi (massa folhada artesanal recheada com ervilha, carne moída e castanhas como nozes, castanha de caju e amêndoas. Acompanha porção de salada de folhas e tomate, R$ 29). Na culinária do Congo, destacam-se entradinhas e pratos agridoces, com peixes e frutas tropicais, como o Makemba (banana-da-terra frita com bacalhau e molho de berinjela, R$ 30). A culinária armênia traz muitas marcas da árabe. No menu, estão os Sarmás (charutos), folha de couve recheada com arroz, carne, cebola e coalhada de iogurte (meia: R$ 16, e completa: R$ 28). Para harmonizar, drinques colombianos como a limonada de rapadura ou de coco ou a Kompot (bebida não-alcoólica de origem eslava, que pode ser servida quente ou fria, dependendo da tradição e da estação). Qualquer um dos sucos, por R$ 6.

A Open Taste também criou cursos virtuais para quem quer aprender a fazer em casa alguns dos pratos de seu menu multicultural. Com cerca de uma hora de duração, cada aula custa 48 reais e ensina a preparar uma receita. São oito opções, incluindo as patacones colombianas, os burritos mexicanos, o tequenho venezuelano e o mwamba, prato congolês feito com couve e pasta de amendoim. “Minha mãe me ensinou a cozinhar e eu cozinhava para a família toda no Congo. Nunca imaginei que iria trabalhar com isso no Brasil, mas os brasileiros são muito receptivos à culinária africana”, explica a chef Evodie Kanyeba. Fugindo de sangrentos conflitos armados e da extrema pobreza no Congo, Evodie, é a oitava filha de uma família de 10 irmãos e está há cinco anos no Brasil. As vendas na Open Taste auxiliam também a família da refugiada.



Culinária africana, com a chef congolesa Evodie Kanyeba, é uma das opções de curso on line da Open Taste. Na foto, o prato Makemba (banana-da-terra frita e cozida com bacalhau e molho de berinjela).

Desde a sua criação, a Open Taste já gerou renda e sustento para mais de 200 pessoas, incluindo os refugiados e seus familiares. No início, a plataforma operou com eventos, feiras e caterings. Neste ano, a ideia era abrir um restaurante. Mas a crise sanitária e econômica mudou os rumos do negócio. Capitaneado pela refugiada síria Joanna Ibrahim, o plano do restaurante foi adaptado, por conta da pandemia de Covid-19, para o ecommerce, com investimentos no sistema de delivery e de cursos on line. Com protocolos de saúde e de segurança redobrados, de acordo com as regras da Organização Mundial da Saúde, a empresa segue todos os protocolos: objetos de cozinha são esterilizados com álcool em gel 70%, equipe de cozinha usa luvas descartáveis para manuseio, objetos de uso comum – como as máquinas de pagamento – são constantemente higienizadas, embalagens descartáveis de delivery vedadas, seguras e individualizadas, com reforço de plástico-filme, para evitar qualquer contato externo com a comida. Os entregadores fazem uso obrigatório de máscara e assepsia de álcool em gel a cada entrega.

“É hora de ficar em casa para preservar a nossa saúde e a dos demais. Então, resolvemos investir no delivery com menu multicultural, reforço dos protocolos de higiene e prevenção e ações promocionais para fidelizar clientes. O grande diferencial do nosso negócio é oferecer uma comida caseira, com gostinho de comfort food, também a preços camaradas”, explica Joanna Ibrahim, sócia-fundadora da Open Taste. Dentre as ações promocionais, está a participação do restaurante no “Food Delivery Series”, que acontece até 30/setembro, é um festival gastronômico com o objetivo de incentivar entregas por delivery de pequenos negócios. Juntamente com 49 estabelecimentos da cidade, a marca disponibilizou menus exclusivos ao preço de R$ 60, incluindo prato principal e sobremesa. Outro mimo da Open Taste é que o cliente ganha o link para uma playlist do país de origem dos chefs, para acompanhar a refeição com músicas típicas. Refúgio perfeito em tempos de quarentena.

Sobre a Open Taste Brasil:

 

Armênia, Chile, Colômbia, Congo, Egito, Síria, Palestina, Venezuela. Culinária para todos os gostos. Assim é literalmente a Open Taste, plataforma multicultural criada para viabilizar a venda de pratos típicos produzidos por refugiados e imigrantes. A ideia de uma cozinha compartilhada é da também imigrante síria Joanna Ibrahim. Enfermeira de formação, de perfil empreendedor e vinda de uma família da gastronomia, Joanna deixou seu país fugindo da guerra e se encontrou profissionalmente, no Brasil, na área da gastronomia. Junto com a avó, começou a vender produtos típicos sírios no interior do Espírito Santo e Minas Gerais. Depois, abriu um ecommerce de gastronomia, a Bab Sharki (Portão do Sol, em árabe), projeto que ficou entre os melhores do mundo no Hult Prize, premiação nos EUA para jovens empreendedores de startups. Em 2018, em São Paulo, lançou a Open Taste, plataforma que fornece a refugiados e imigrantes conhecimento e acolhimento através da gastronomia, capacitando-os através de treinamentos práticos e teóricos a se tornarem chefs, ajudantes, garçons e a trabalharem na área, seja com eventos, seja com a plataforma de vendas de produtos, aulas e menus típicos. Oferecer, nesse novo lar, uma possibilidade de recolocação profissional com o que eles sabem fazer de melhor, receitas familiares, pratos de memória afetiva, culinária de raízes. Fazer o bem, comendo bem, num menu sem fronteiras. Culinária de refúgio.

 

Serviço:

Open Taste Brasil

www.opentastebrasil.org

Rua Apinajés, 1593 - Sumaré 

São Paulo – SP – CEP: 01258-001

Delivery pelo  iFood.

Delivery direto ou retirada no restaurante: 11 99996-4363

Email: contato@opentastebrasil.org

Horário de funcionamento do delivery:

De segunda a sábado, das 11h30 às 22h30.

Fecha aos domingos. Não muda os horários nos feriados.

CC: American Express, Aura, Discover, Elo, Hipercard, JCB, Mastercard e Visa

CD (apenas para retirada no restaurante):  Maestro, Redeshop, Visa Electron

Não aceita cheques.

Facebook: /opentaste.br

Instagram: @ opentaste.br

Twitter: @open_taste

Aberto em 2018.

Um comentário:

  1. Open Taste estreia delivery e oferece cursos com chefs refugiados.

    A cada dia da semana, é oferecido o cardápio de um país diferente, do Congo à Colômbia. Pratos custam de 16 a 35 reais.

    ResponderExcluir